A arquiteta Camila Viegas sempre quis trabalhar ajudando o próximo, sendo assim, ela estudou a fundo como a habitação interfere na vida das pessoas, chegando a uma conclusão: um simples escritório de arquitetura não teria o impacto que ela desejava. Então, em 2018, após uma crise de Burnout – distúrbio emocional resultante de situações de trabalho desgastante –, ela decidiu sair de seu emprego e empreender, criando a Viverde Casa, negócio que surgiu da própria observação de Camila em relação à baixa qualidade das edificações e da mão de obra e à dificuldade de inovação na construção civil.
Para ter direcionamento no início de sua empresa, a empreendedora procurou o Sebrae. “Assim que resolvi empreender eu fui ao Sebrae para procurar orientação. Tive a oportunidade de iniciar uma conversa com um consultor que me abriu os olhos: ele disse que a minha ideia era muito inovadora e que eu devia escrever meu modelo de negócio. A partir daí eu segui meu caminho buscando mais apoios e acelerações. Em 2022 conheci o projeto ALI do Sebrae. Eu tinha inaugurado há pouco tempo o espaço físico do meu negócio; ainda com muitas incertezas sobre isso, por isso foi importante ter uma consultoria especializada”, ela comenta.
O escritório de arquitetura faz obras e reformas para pessoa jurídica, também produzindo projetos para pessoa física com atendimento parcelado, o foco é democratizar o serviço de qualidade. Com o impacto social sempre em mente, Camila comenta que hoje a Viverde Casa chegou a uma economia média de 28,5% para seus clientes, uma redução de 30% de desperdício de material e que já ajudou mais de 100 famílias de baixa renda a terem suas casas reformadas desde o início do negócio.
Além disso, a empresa criou seu próprio Hub que funciona como um coworking, unindo escritório de arquitetura, armazém, sala de reunião, espaço gastronômico e salas de aula, visando que recém-formados e outras pessoas do ramo pudessem receber seus clientes a menor custo. E foi um sucesso. Então, agora, Camila está investindo em uma versão digital, reduzindo o espaço físico e descentralizando o espaço físico procurando chegar em territórios onde se tem pouco acesso a arquitetura.
Para o futuro, o negócio quer continuar crescendo no mundo digital sem abandonar suas raízes nos espaços físicos. “A nossa proposta sempre foi trazer inovação para o setor e isso que vamos continuar fazendo. Nossa meta é atingir ao menos 1% da fatia de mercado no Brasil, o que representa mais de 500 mil famílias beneficiadas. Ao chegar neste número tenho certeza que multiplicaremos a aposta”, a empreendedora conclui.