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Empreendedorismo e qualidade transformaram a Chocolate Sete Colinas em ponto turístico de Garanhuns

Pioneira na fabricação do chocolate artesanal na região, a loja é visitada por mais de 40 mil pessoas anualmente
Por Pedro Romero
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Fundada em 1991 por Tânia Ribeiro e Flávio Murilo, a Chocolate Sete Colinas conquistou o paladar de moradores e visitantes que praticamente transformaram a chocolateria em um ponto turístico da cidade. Os delicados produtos da marca enchem os olhos com a sua beleza e agradam a todos os paladares. Mas essa história de sucesso só foi possível com muito trabalho, fé e criatividade.

Tânia Ribeiro conta que a ideia de fazer chocolate para vender veio logo depois do seu casamento, época em que procurava um negócio como fonte de renda.

Meu marido, Flávio Murilo, que é muito religioso, rezava e só aparecia doce na mente dele. Eu respondia que não sabia fazer doce e não iria dar certo. Um dia, uma sobrinha dele foi a Gramado e trouxe uma caixa de chocolate de presente. Quando meu marido recebeu a caixa, disse: esse é o doce!

Tânia Ribeiro, proprietária da Chocolate Sete Colinas

E assim começou a grande jornada da Chocolate Sete Colinas. Tânia e o marido entraram em contato com uma mulher que já produzia chocolate na cidade e descobriram que ela estava prestes e se mudar para São Paulo. “Ela nos vendeu os equipamentos e também nos ensinou a produzir chocolate. Nossa produção começou na cozinha da nossa casa. Depois fizemos cursos nessa área e começamos a vender mais”, conta.

“No início foi muito difícil. Naquela época, as pessoas em Garanhuns trabalhavam com gordura hidrogenada como se fosse chocolate, mas não é. E havia uma certa rejeição dos comerciantes com o chocolate artesanal, mas foram gostando dos nossos produtos e fomos conquistando mercado aos poucos”, pontua.

Depois disso, ela conseguiu abrir uma loja para vender os chocolates, mas os momentos de dificuldades não foram poucos e Tânia Ribeiro chegou a pensar em fechar a loja que, na época, não tinha muito movimento. “Nesse momento, quase por milagre, fomos convidados para ir a um congresso da Garoto, em São Paulo, e lá só tinha pessoas importantes na área, palestrantes que me emocionaram. E eu pensei: não vou deixar de fazer chocolates. Foi o que nos incentivou e fez com que a gente continuasse”.

Atualmente, a Chocolate Sete Colinas tem 26 funcionários e, além da loja física em Garanhuns, conta com mais de 30 pontos de venda no estado. A Sete Colinas oferece também o serviço personalizado de doces finos para festas. “O Sebrae foi um grande parceiro nesse caminho, fizemos vários treinamentos e capacitações. Tivemos consultores em várias áreas. É um parceiro até hoje”, destaca a empresária.

PATRIMÔNIO

O trabalho desenvolvido por Tânia Ribeiro e sua família teve o seu devido reconhecimento no dia 4 de abril deste ano, quando a Chocolate Sete Colinas virou Patrimônio Cultural e Imaterial de Garanhuns. A honraria foi concedida pela Câmara de Vereadores e sancionada pelo Executivo Municipal.

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“O título de Patrimônio Cultural e Imaterial de Garanhuns nos deixou emocionados. Estamos felizes de sermos reconhecidos como um trabalho sério, que ajuda a cidade. Agora, a nossa responsabilidade é maior, temos um nome a zelar pelo município”, conclui Tânia Ribeiro.