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Um pé no mangue e outro na sustentabilidade: criançada aprende sobre preservação ambiental no REC’n’Play

Crianças e adultos se juntaram em atividade lúdica e gratuita no espaço exclusivo do Sebrae durante o festival
Por Larissa Correia
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A manhã do último sábado (9), dia final do REC’n’Play, começou com uma oficina especial para a criançada no Sebrae na Rua, espaço exclusivo da entidade durante o festival no Bairro do Recife. A atividade incluiu explicações sobre preservação ambiental, projeção de vídeo e a elaboração de um adereço de cabeça para o Carnaval. A peça teve inspiração no manguezal do futuro, tema do estande institucional no evento.

O analista do Sebrae/PE Vitor Abreu apresentou a ação. “É preciso rever a forma como descartamos as peças usadas e trazer novas utilidades para itens recicláveis. Aqui a criançada brinca e aprende de forma lúdica como dar significado a novos elementos”, comentou.

A oficina foi coordenada pela equipe da Artec, startup pernambucana especializada em projetos criados com resíduos eletrônicos. A proposta da Artec é transformar tecnologias obsoletas em arte. “Ressignificamos a ideia de lixo, dos resíduos que podemos modificar para outros itens”, apontou Gizely Leonardo, diretora artística da empresa.

De olho numa plateia atenta, a coordenadora pedagógica da instituição, Djanice Leonardo, explicou que resíduos tecnológicos possuem metais pesados que podem alcançar e contaminar lençóis freáticos. “Precisamos terminar todos os dias fazendo algo de bom pelo planeta. Temos que cuidar da nossa casa e não acumular brinquedos, doando para outras crianças, por exemplo”, acrescentou a professora e artista plástica.

No segundo momento da iniciativa, a brincadeira educativa com foco na sustentabilidade começou com o desmonte de teclados de computador. As peças foram usadas para enfeitar os acessórios que vão acompanhar a garotada nas brincadeiras cotidianas e até mesmo na próxima Folia de Momo. Os meninos e meninas liberaram o lado criativo e colocaram a mão na massa para produzir as peças. Adultos responsáveis pelos pequenos também deixaram a criatividade aflorar e contribuíram na execução das tarefas mais delicadas, como as que exigiram recortes com tesoura.

A empresária Fátima Ribeiro levou o filho Mateus, de 7 anos, para curtir a ação. “É muito interessante a proposta, que deixa as crianças longe das telas. Participamos da oficina oferecida pelo Sebrae na edição passada e repetimos a dose este ano. O pai de Mateus, Wadson, é da área de TI e os dois ficaram empolgados em desmontar o teclado e juntos construírem o acessório de caranguejo”, destacou.

Acompanhando o filho mais velho, Francisco Sobel, de sete anos, a especialista em marketing e estratégias e conteúdos digitais Rosário de Pompeia também ficou satisfeita com a realização da oficina. “Ela estimula a proximidade de crianças com novas tecnologias e o ambiente de inovação. E o melhor, de graça, favorecendo o acesso de público”, ressaltou.

Entre elementos como fitas, parafusos, adesivos, teclas e canetinhas, os adereços carnavalescos foram virando realidade. As criações inspiradas viraram itens exclusivos da garotada que participou da oficina e devem fazer parte das brincadeiras cotidianas e até da diversão dos meninos e meninas no período carnavalesco.

Ao lado da avó, a assistente social Luciana Araújo, o estudante Pedro Joaquim Gomes, de 9 anos, aprovou a oficina oferecida no Sebrae na Rua. Fã da cultura maker, o garoto ganhou este ano a medalha de ouro em equipe numa disputa escolar que envolveu robótica e sustentabilidade. O grupo construiu um volante de carro funcional com peças eletrônicas que seriam descartadas no lixo. “Foi muito legal participar dessa atividade no REC’n’Play. Já vi sobre reciclagem na escola. Gosto de montar projetos que envolvem componentes eletrônicos e penso em trabalhar com robótica no futuro”, antecipou.