ASN PE
Compartilhe

Sebrae anuncia novidades do programa Pernambuco Artesão em evento comemorativo do Centro de Artesanato

Um dos destaques do encontro foi a apresentação dos detalhes do estudo que traçou um panorama da cadeia produtiva do setor no estado
Por Larissa Correia
ASN PE
Compartilhe

Os 13 anos de aniversário do Centro de Artesanato de Pernambuco, no Recife, foram comemorados na última quinta-feira (25) em um evento que reuniu cerca de 120 artesãos e artesãs de várias regiões do estado. Entre os anúncios que marcaram a celebração, se destacam as próximas ações do Pernambuco Artesão – projeto que o Sebrae/PE realiza em parceria com a Agência Estadual de Desenvolvimento Econômico (Adepe) até o fim de 2025.

Nessa etapa, seguindo a proposta de fortalecimento da cadeia produtiva do artesanato no estado, vão ser oferecidas mais 21 oficinas e palestras do Litoral ao Sertão. As capacitações presenciais acontecerão nas cidades de Araripina, Caruaru, Garanhuns, Goiana, Petrolina, Recife e Serra Talhada. Elas abordarão questões estratégicas e fundamentais nos dias de hoje para os profissionais do ofício: gestão financeira, marketing digital e acesso a crédito, em que os interessados também aprenderão a usar a plataforma de pagamentos online Mercado Pago.

Verônica Ribeiro apresenta as próximas atividades do programa Pernambuco Artesão, que vão ser promovidas nos meses de outubro e novembro

-

Cada oficina e palestra contará com 40 vagas, devendo beneficiar, diretamente, a mais de 800 pessoas. A participação é gratuita e exclusiva para quem tem Carteira Nacional do Artesão. As datas e links das inscrições deverão estar disponíveis a partir da próxima semana no site pe.loja.sebrae.com.br

Verônica Ribeiro, gestora estadual do Turismo e Economia Criativa no Sebrae/PE, destacou o sucesso do Pernambuco Artesão. Ela falou que uma nova edição para o biênio 2026/27 já está em negociação e comentou o resultado do Estudo da Cadeia Produtiva do Artesanato de Pernambuco, outra grande ação do programa.

A pesquisa nos deu respaldo para termos a resposta do que os artesãos, de fato, precisam. É uma honra poder contribuir com esse setor que é tão forte em Pernambuco e com o qual podemos ir tão longe. Peças de um artesão do Agreste estarão no São Paulo Fashion Week, mas podemos ir, quiçá, para o prêt-à-porter de Paris e para outros lugares em que o céu é o limite quando a gente busca e faz a coisa acontecer.

Verônica Ribeiro, gestora estadual do Turismo e Economia Criativa no Sebrae/PE

A conclusão do estudo foi apresentada pela professora Ana Andrade, coordenadora da ação de campo e do Laboratório O Imaginário, vinculado à Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), que desenvolve e divulga pesquisas em design, tecnologia e cultura. Ela ressaltou que o levantamento conseguiu informações que deverão subsidiar ações estratégicas para o fortalecimento do Pernambuco Artesão, que é norteador de políticas públicas para o setor.

Segundo a especialista, como elaborar essa política pública e conseguir os dados a serem trabalhados formaram o objetivo maior da empreitada. “Não é ver só o artesanato, mas ele através das pessoas. Por isso chamamos associações, artesãos e grupos produtivos. Olhamos também o mercado, os locais, os compradores, os vendedores, o território, a questão da história, das festas. Tudo o que acontece no território pode ter relação com o artesanato, a matéria-prima, as formas de produção… Observamos o artesanato com um olhar largo. Não só o produto em si, que muitas vezes é o que acontece, mas dentro desse contexto todo”, apontou.

Ana Andrade explicou que as equipes percorreram todas as regiões do estado. O processo incluiu desde a elaboração de pesquisas documentais sobre os municípios até a conferência da cadeia produtiva a partir das relações entre os territórios, os artesãos e produtos e as conjunturas de mercado locais.

Ana Andrade detalha o processo de levantamento de informações e percepções dos agentes que fazem o setor produtivo do artesanato no estado

Cerca de 900 artífices participaram da amostra e, além de passarem por sensibilizações, contribuíram com suas percepções para a identificação dos potenciais, das oportunidades, das fraquezas e dos riscos que envolvem o setor. A análise dos dados permitiu a construção de uma visão panorâmica e do contexto da situação vigente, conteúdos que ajudarão na tomada de decisões de melhor qualidade, com maior embasamento e mais assertividade.

MAIS

No evento no Centro de Artesanato de Pernambuco (CAPE), Camila Bandeira, diretora-geral de Economia Criativa da Adepe, anunciou o lançamento de um aplicativo exclusivo para profissionais que comercializam suas peças na unidade e demais lojas da marca. A ferramenta gratuita e de uso intuitivo traz recursos como controle do estoque e de pagamentos em tempo real.

Camila Bandeira adiantou que será feito um redesign no Armazém 11, espaço onde funcionam o CAPE e as lojas de Bebidas e de Moda Autoral (Mape). A reforma vai acontecer em 2026 e deverá trazer melhorias no acesso e na estrutura interna do local e na maneira como o público circula na área interna do espaço. Outras intervenções contemplarão a forma como os produtos serão expostos para venda e a possibilidade de o local receber desfiles, exposições e oficinas, entre outras atividades.

O Armazém 11 será um hub de economia criativa, onde todas as linguagens serão recebidas e ativadas a partir do artesanato”, disse. Ela comentou que o equipamento funcionará como um ‘museu-loja’. “Faremos um convite a um passeio por Pernambuco, com obras físicas e conteúdo audiovisual, algo muito moderno”, completou a diretora.

Aniversário de 13 anos do Centro de Artesanato de Pernambuco foi celebrado com anúncio de novidades para o equipamento e corte de bolo decorado
  • Adepe
  • artesanato
  • Carteira Nacional do Artesão
  • Centro de Artesanato de Pernambuco
  • economia criativa
  • Estudo da Cadeia Produtiva do Artesanato de Pernambuco
  • Pernambuco Artesão