Das 2,7 milhões de novas vagas de empregos criadas em 2021, cerca de 78% foram geradas por micro e pequenas empresas. De acordo com levantamento feito pelo Sebrae, com base em dados do Caged, do Ministério do Trabalho e Previdência, enquanto os pequenos negócios foram responsáveis por 2,1 milhões de postos de trabalho, as médias e grandes empresas fecharam o ano com um saldo positivo de 505,4 mil novos empregos.
“Isso significa dizer que a cada 40 postos de trabalho gerados no Brasil, em 2021, 31 foram criados pelas micro e pequenas empresas. Mesmo apresentando um saldo negativo em dezembro, o que geralmente ocorre nesse mês do ano, os pequenos negócios mostraram a importância que têm para a retomada econômica”, afirma o presidente do Sebrae, Carlos Melles. Após onze meses consecutivos de saldos de contratações positivos, dezembro de 2021 apresentou saldo negativo de -265.811 postos de trabalho. As médias e grandes empresas foram as que mais demitiram e reduziram seus quadros em 141.144 postos, seguidas pelas micro e pequenas, com uma redução de 91.583.
Na comparação entre o resultado acumulado entre os anos de 2020 e 2021, as micro e pequenas empresas criaram, quase 38 vezes mais postos de trabalho no ano passado. No primeiro ano da pandemia, o Brasil teve um saldo total negativo de -191.455 contratações, apesar das micro e pequenas empresas terem apresentado um saldo positivo de mais de 56 mil empregos. O resultado ruim é atribuído às médias e grandes, que foram responsáveis por -274.220 postos de trabalho.
Atividades
O Sebrae também realizou um levantamento das dez atividades que mais geraram empregos em 2021. Juntas, elas foram responsáveis por mais de 450 mil novas vagas. Em primeiro lugar ficou o segmento de construção de edifícios, que abriu 93, 4 mil postos de trabalho. Logo em seguida, vieram os restaurantes, com 57,5 mil postos. “O bom desempenho dos restaurantes mostra como foram importantes políticas públicas criadas para a preservação do setor e para o incentivo ao emprego. No início da pandemia, eles foram forçados, em sua grande maioria, a fechar as portas e esses dados já demonstram um sinal de recuperação”, observa o presidente do Sebrae.
Já entre as médias e grandes empresas, as dez primeiras atividades que mais geraram empregos responderam por 188,6 mil vagas. Em primeiro lugar ficou o setor de atendimento hospitalar, que abriu 39,6 mil postos de trabalho, seguido pelo segmento de limpeza em prédios e em domicílios (28,1 mil) e pelo transporte rodoviário de carga, exceto produtos perigosos e mudanças, intermunicipal, interestadual e internacional (27,2 mil).
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Veja as top 10 das MPEVeja as top 10 das MPE
• Construção de edifícios – 93.439
• Restaurantes e similares – 57.511
• Transporte rodoviário de carga, exceto produtos perigosos e mudanças,
intermunicipal, interestadual e internacional – 49.565
• Supermercados – 49.301
• Serviços combinados de escritório e apoio administrativo – 45.859
• Comércio varejista de artigos do vestuário e acessórios – 36.839
• Comércio varejista de produtos farmacêuticos, sem manipulação de fórmulas – 31.984
• Minimercados, mercearias e armazéns – 29.133
• Lanchonetes, casas de chá, de sucos e similares – 28.854
• Serviços de engenharia – 27.531
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Veja as top 10 das MGEVeja as top 10 das MGE
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• Atividades de atendimento hospitalar, exceto pronto socorro e unidades para atendimento a urgências – 39.617
• Limpeza em prédios e em domicílios – 28.130
• Transporte rodoviário de carga, exceto produtos perigosos e mudanças, intermunicipal, interestadual e internacional – 27.274
• Serviços combinados de escritório e apoio administrativo – 17.999
• Desenvolvimento de programas de computador sob encomenda – 13.831
• Fabricação de calcados de couro – 12.563
• Atividades de teleatendimento – 11.909
• Fornecimento e gestão de recursos humanos para terceiros – 11.751
• Serviços combinados para apoio a edifícios, exceto condomínios prediais – 10.587
• Atividades de associações de defesa de direitos sociais – 15.014