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Parceria criativa

Viva Yemanjah é uma marca autoral pernambucana das sócias Cláudia Renda e Beatriz Beltrão, que prioriza autenticidade e conforto no vestuário
Por Vinícius Melo
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A Viva Yemanjah é uma empresa de moda baseada em Recife e gerida pelas sócias Cláudia Renda, 27, e Beatriz Beltrão, 28. Cláudia, após formar-se em Direito, percebeu que não era com isso que queria trabalhar, mas sempre possuiu uma paixão por moda, o que a levou a procurar cursos de empreendedorismo, mesmo sem saber exatamente o que iria fazer. Uma coisa era certa: não queria apenas revender, mas criar produtos. Ela, então, juntou-se à amiga de infância, para dar continuidade ao negócio iniciado em 2016, na época com outra sócia, com um investimento inicial de R$ 4 mil e ainda na informalidade. Em 2018, formalizaram-se e hoje atuam como microempresa.

A empresária conta que a marca preza, em primeiro lugar, pela expressão e criatividade no vestuário, buscando trazer algo diferente, e que as pessoas sintam que estão sendo mais autênticas ao vestir as peças. Além disso, outro fator importante para as sócias é o conforto, sentir-se leve. “Dentro dessas ideias, dessas palavras, conforto, criatividade, leveza, ética, sustentabilidade, a gente vai tentando traduzir essas visões para um padrão estético. Para exemplificar: se falamos em conforto, buscamos matérias primas que tenham uma gramatura mais leve, com uma modelagem mais ampla, que cause uma sensação mais legal em contato com o corpo. Na parte da criatividade, a gente se expressa mais através das estampas, e sempre buscando designers diferentes, mas sempre pernambucanos. E esse é um dos nossos diferenciais: o cliente está comprando algo que realmente tem identidade, tem uma autenticidade, é uma roupa que conta uma história”, explica Cláudia.

No empreendedorismo, inovar é fundamental. Mas, além disso, muito mais que inovar, o empreendedor pode usar o negócio para promover mudanças e desenvolvimento socioeconômico. O negócio de Cláudia e Beatriz seguem esse conceito. Em 2020, elas irão trabalhar com fornecedores que produzem tecidos sustentáveis. Além disso, tudo o que sobra da produção das peças da Viva Yemanjah, os retalhos dos tecidos, são doados para instituições que fazem projetos artesanais utilizando estes materiais.

As empreendedoras estão constantemente buscando orientação empresarial. “Já fiz vários cursos voltados para áreas específicas como marketing e finanças. Além disso, fizemos recentemente uma consultoria financeira. ” Para a empresa, as redes sociais são fundamentais. “O Instagram, por exemplo, é a nossa principal vitrine, pois nenhum ponto comercial possui o tráfego de potenciais clientes. É o nosso principal contato com o público-alvo. As vendas que fazemos pelo site, em 90% das ocasiões, são provenientes do contato com o Instagram. Hoje em dia, vendemos mais nos pontos físicos, que são as lojas colaborativas. Uma de nossas metas é aumentar nossas vendas online, pois temos um alcance maior e também uma margem de lucro maior, pois os custos comerciais são menores”, comentou.

Para ela, uma das dificuldades para qualquer empreendedor, independente do sexo é autoconfiança, é acreditar que aquilo ali vai dar certo apesar das dificuldades e dos desafios que está enfrentando. “No caso da mulher, a conquista dessa autoconfiança é ainda mais difícil, pois vivemos em uma sociedade que, de maneira geral, coloca a mulher num papel de mais frágil. Para além da questão da autoconfiança, tem também a questão de ter que dar conta de tudo, ser uma mulher-maravilha. Mulheres empreendedoras são importantes porque servem de referência para quem quer começar a empreender, ou está no início, enfim, ter alguém em quem possa se inspirar. Eu acho que, à medida em que você admira uma mulher, você enxerga que também pode ir em busca daquilo dali”, explica a empresária.

Serviço

Viva Yemanjah

Instagram: @vivayemanjah