Os 80 jovens pernambucanos selecionados para participar da edição piloto do Projeto Ninho, fruto de uma parceria entre o Sebrae e a Fundacentro, assinaram o termo de outorga que garante a adesão à inciativa, que concede uma bolsa de estudos no valor de R$ 694,36, além de auxílio transporte de R$ 220,00 para que eles participem de experiências inovadoras.
Os alunos terão acesso a cursos nas áreas de tecnologia da informação e segurança e saúde no trabalho, com dedicação de 30 horas semanais, de forma presencial e à distância. As aulas estão previstas para começar no dia 9 de janeiro, na sede do Sebrae/PE, no Recife e o curso terá duração total de um ano.
A ideia é que ao final do projeto os bolsistas possam desenvolver soluções na área de saúde e segurança para pequenos negócios. Foram selecionados alunos de baixa renda, de 18 a 24 anos de idade, matriculados em escolas públicas e que já tiveram contato ou estão inseridos em algum curso técnico.
O objetivo do Projeto Ninho é acolher jovens economicamente e socialmente vulneráveis, os apoiando no ingresso no mercado de trabalho. A iniciativa também busca gerar impacto social, já que os participantes desenvolverão soluções inovadoras. Trata-se de uma trilha de capacitação, acompanhada de mentorias e de um desafio final de inovação. ”O ninho é aquele lugar que acolhe os pássaros. Então nós estamos acolhendo esses jovens para que eles sejam livres para alçar voos mais altos e possam desenhar o seu próprio destino, ajudando a comunidade onde eles vivem”, destaca Érika Benevides, diretora de pesquisas da Fundacentro e idealizadora do projeto.
A escolha do Recife para a primeira edição se deu por conta da vocação da cidade na área de tecnologia. “Consideramos começar pelo Recife exatamente pela cidade abrigar o Porto Digital e por essa questão da inovação estar muito bem aflorada no local. Esse projeto será monitorado durante os seus 12 meses de execução e se os resultados forem satisfatórios, vamos replicá-lo em outras capitais brasileiras”, destaca Luciana Ferrari, presidente da Fundacentro.
O Sebrae já desenvolve um trabalho permanente de educação empreendedora. Dessa vez, a aproximação com a Fundacentro vai possibilitar que os conceitos de educação empreendedora e inovação estejam mais alinhados, ajudando jovens em situação de vulnerabilidade social, em um contexto de inclusão produtiva. “O programa tem nove meses de capacitação e nos três últimos meses eles terão pela frente um desafio, em que precisarão resolver problemas de pequenas empresas nas áreas de saúde e segurança do trabalho, que pode ser um software, um site ou qualquer plataforma que possa ajudar a curar as dores desses pequenos negócios, explica Ana Carolina de Souza, Analista de Políticas Públicas do Sebrae Nacional.
Para quem está prestes a mergulhar de cabeça no Projeto Ninho, as expectativas são as melhores. Richard Henrique, de 22 anos, cursa Sistemas para Internet na Universidade Católica de Pernambuco e é formado em Técnico em Manutenção e Suporte em Informática pela ETEPAM. Ele soube do projeto a partir das redes sociais e resolveu participar da seleção com o objetivo de aprender coisas novas que agreguem à sua vida profissional. “A área que eu quero seguir é essa de tecnologia, da parte de aplicativos, websites e programação em geral. Creio que essa experiência no Projeto Ninho vai abrir novos horizontes para futuras oportunidades em diferentes áreas. Com certeza é uma oportunidade única”, conta o estudante.
Outro aluno contemplado é Natanael da Silva, de 18 anos, que está no sexto período do Técnico em Química no IFPE. O estudante espera aprender mais sobre Segurança do Trabalho, que já faz parte de seus estudos, e entender mais sobre a área de TI, que também se relaciona com que ele está estudando. “Eu quero entender quais as linguagens que serão trabalhadas no projeto e acho que essa experiência vai me ajudar muito. Acredito que vou seguir na área de TI na faculdade, então, se a experiência for boa aqui, vou ter certeza que quero crescer nessa área”, comenta Natanael.
-
-
-
-
-
-