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Setor gastronômico retoma fôlego após flexibilizações

Número de empreendimentos do segmento cresce e movimento aumenta no Agreste pernambucano.
Por Redação
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Com o objetivo de fomentar o movimento de bares e restaurantes na região Agreste, o Senac (Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial) em parceria com o Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas) promove, entre os dias 15 de outubro e 15 de novembro, o Festival Sabores do Agreste. A ação visa recuperar as perdas do período em que estiveram fechados ou com redução de movimento, devido às restrições sociais e econômicas impostas pela pandemia da Covid-19.

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Dados da Abrasel (Associação Brasileira de Bares e Restaurantes) apontam que haverá uma alta de 5% no faturamento do segundo semestre deste ano, se comparado com a mesma temporada de 2019, anterior às restrições no horário e modelo de funcionamento de empreendimentos do setor. Para se ter uma ideia, foi registrado um aumento no número de estabelecimentos do segmento gastronômico em Caruaru, na região Agreste de Pernambuco, segundo informações do Sebrae.

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O presidente da Abrasel, Paulo Solmucci, acredita que a alta no faturamento pode ser justificada pelo período em que o consumidor ficou em isolamento social. Isso é sentido pela empresária Janaína Lima, dona do Beer Baar, localizado no Bairro Universitário, em Caruaru. Ela conta que o movimento tem se restabelecido após a flexibilização das restrições impostas pela pandemia e que a tendência é que cresça com o avanço da vacinação. “O movimento aumentou devido à ampliação do horário de funcionamento e aumento da quantidade de músicos no palco. A vacina está mostrando a sua eficácia e isso nos enche de esperança de retornarmos à normalidade. Com isso, voltarmos a fazer eventos maiores em nossos estabelecimentos para uma recuperação financeira mais rápida. Nós, do setor gastronômico e de eventos, fomos muito afetados com as restrições, já que somos sempre os primeiros a termos os negócios fechados e os últimos a retornarmos e, ainda assim, com muitas restrições”, pontua.

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Além do crescente movimento presencial, as vendas em formato de delivery ganharam força em relação ao período pré-pandemia. Apesar disso, o cenário negativo, resultado de mais de um ano e meio de queda no faturamento, leva tempo para ser revertido. E são movimentos como o provocado pelo Festival Sabores do Agreste que favorecem o aquecimento e recuperação do setor, a médio prazo. “A movimentação em torno do Festival aguça a curiosidade do público por conhecer e provar as novas criações dos restaurantes. O que, por si só, traz ganhos de forma direta e indireta aos estabelecimentos participantes, ajudando a contribuir para a retomada dos negócios neste cenário de pandemia”, opina Niedja Carneiro, gerente de Marketing do Restaurante Mania Caseira, localizado em Gravatá.

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Panorama – Os números atuais são animadores, uma vez que levantamento da Abrasel mostrava um cenário negativo recente, em julho deste ano, quando 27% das empresas associadas alegavam não ter condições de honrar a folha de pagamento de forma integral. Esse índice foi pior em maio, quando 49% enfrentavam a situação. O mês de abril foi bem mais crítico e o cenário atingiu 91% dos associados. Em junho, 56% das empresas trabalhavam no vermelho. E, no mês de abril, uma média de 77% empreendimentos do segmento operavam no negativo. Entre as dívidas apontadas estavam as com impostos (40%), fornecimento de água, luz e gás (30%), aluguel (29%), FGTS (26%) e com fornecedores de insumos (25%), ainda segundo pesquisa da Abrasel. Apesar disso, em julho, 27% dos bares e restaurantes associados pretendiam contratar funcionários até o mês de outubro. Outros 52% demonstraram a intenção de solicitar a prorrogação do BEm, programa que permite a suspensão de contratos e redução de jornada, para evitar demissões em massa.

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 Da: assessoria de imprensa do Senac/PE