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A “Transformação digital na indústria: tecnologias que estão redefinindo a produção” foi um dos temas debatidos, dentro da programação da Arena de Negócios, um dos espaços mais movimentados do REC´n´Play, instalado no Cais do Sertão painel contou com a participação de Márcio Guerra Amorim (CNI/PE), Oziel Alves (Senai/PE), Sérgio Cavalcanti (Grupo Cornélio Brennand) e Josiana Ferreira, diretora Técnica do Sebrae/PE, que mediou o debate. Na ocasião, os especialistas levaram ao público cenários importantes sobre o futuro das indústrias em Pernambuco e no Brasil. Para eles, o ponto fundamental é a implementação da transformação digital para o setor.
Ozieal Alves destacou que entre os grandes desafios para o desenvolvimento industrial estão a formação de profissionais qualificados e a inserção das novas tecnologias na produção. “A indústria está mais aberta às inovações tecnológicas, mas é preciso testar, fazer com que essas tecnologias funcionem. No Senai, a gente consegue criar um ambiente ideal para esses testes”, acrescentou, apresentando ferramentas de apoio que a entidade disponibiliza aos empresários. “Entre outras coisas, as novas tecnologias vão elevar o nível de competitividade das empresas. Nesse processo, é importante trabalhar e utilizar os dados que existem sobre as indústrias, dentro e fora das empresas, para traçar estratégias de desenvolvimento. Mas as indústrias não estão tendo competência para analisar os seus dados”, alertou.
Para Sérgio Cavalcante, do Grupo Cornélio Brennand, o ponto fundamental da transformação digital são as pessoas. “Mas para que essa transformação aconteça é preciso ter foco, estratégia, ter uma visão clara de onde se quer chegar. E para isso é necessário ter pessoas qualificadas. Essa transformação exige velocidade e agilidade. É preciso aprender com os erros, pois quem nunca erra não pode evoluir”.
Sérgio lembrou também que geralmente existem recursos disponíveis para investimentos, mas que muitas vezes os empresários não vão em busca dessas verbas para fazer as transformações necessárias nos seus empreendimentos. “Também acho que as universidades poderiam estar mais abertas para fazer parcerias com as indústrias em projetos e trocas de conhecimentos. Quais os caminhos que as universidades oferecem para a transformação tecnológica das empresas?”, questionou.
Já Márcio Guerra, da Confederação Nacional das Indústrias, aponta que a difusão de soluções tecnológicas é um dos grandes desafios para o desenvolvimento industrial. “A CNI trabalha para que isso aconteça. E a nossa agenda para impulsionar a modernização dos processos também é realizada com parceiros como o Sebrae e o Senai”.
Durante a mediação, Josiana Ferreira, diretora Técnica do Sebrae/PE, enfatizou que os pequenos negócios do setor precisam de apoio porque representam a grande maioria das indústrias.
E esse é um dos propósitos do Sebrae, levar a inovação aos pequenos negócios.
Josiana Ferreira, diretora Técnica do Sebrae/PE.
Como consenso entre os especialistas está a necessidade de transformar a educação para gerar profissionais qualificados aos novos desafios. “Precisamos sair do modelo tradicional de educação. É preciso criar modelos diferentes, mais diretos e objetivos, para desenvolver as capacidades das pessoas”, concluiu Oziel Alves.
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