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Empreendedores brasileiros com atuação além das fronteiras do Brasil apresentaram suas experiências em uma mesa redonda especial do Sebrae na Rua, no dia 17 de outubro, durante as atividades do REC’n’Play, no Bairro do Recife. Na ocasião, eles mostraram a atuação dos especialistas ‘sem barreiras geográficas’, tanto na criação de empresas físicas em outro país como na conexão de clientes e oportunidades pelo meio digital.
A coordenação da atividade ficou a cargo de Fê Muniz, fundadora da Elamentais, local leader do Nasa Space Apps Recife e mentora sênior do Olinda Creative Community Action (Occa), comunidade colaborativa multidisciplinar e inovadora de fomento à criatividade e à educação. Também participaram do debate o gestor de resultados Alex Santos, fundador e CEO da Goldsmith Consultoria Empresarial, sediada no Japão; e Gustavo Delgado, coordenador de Relações Internacionais da UniFBV e diretor de operações da Occa, referência em soluções tecnológicas e inovação aplicada.
Muita gente acha que empreender é apenas ter empresa, mas não é. Tem a ver com comportamento e ele envolve alguém ter característica e aptidão, capacidade de identificar problemas, pensar em soluções, correr riscos calculados e agir. Não basta ver uma problemática, pensar numa solução e não fazer nada. Por isso digo sempre que empreender é verbo.
Fê Muniz, empreendedora social.
Fê Muniz detalhou como foi a construção da Minds Hacka, maratona de inovação, empreendedorismo e soluções para transformar negócios de conterrâneos na Terra do Sol Nascente. “Organizei um hackhaton que mobilizou mais de 65 brasileiros pensando juntos, criando soluções para problemas reais nos negócios”, contou a especialista, que já desenvolveu ações em países como Finlândia, Portugal, França e Estados Unidos.
Nascido no interior de São Paulo, Alex Santos migrou no início da fase adulta para o continente asiático. “Casei e fui para o Japão, onde fiquei por duas décadas. Lá desenvolvi a raiz do empreendedorismo quando, há oito anos, abri uma escola de nail design e, depois, uma agência de consultoria. O pessoal lá tem disponibilidade para empreender, mas, muitas vezes, conseguir tempo era difícil, então faltava o impulso para iniciar. Daí surgiu a oportunidade de direcionar os interessados”, lembrou.
Gustavo Delgado destacou a experiência de mais de 25 anos. “Temos o desafio de pensar além do Brasil, que é muito grande, algo que é uma bênção e, muitas vezes, algo ruim porque não nos leva a olhar para fora. Meu trabalho é justamente com internacionalização de projetos, de ideias e empreendimentos que possam estar aqui, no país, e de olho no exterior. Atuo nessa conexão, de fazer com que a gente tenha soluções aqui que possam ser levadas para fora das fronteiras. O maior trabalho é vencer a questão cultural e abrir a possibilidade para as oportunidades internacionais”, enfatizou. Canadá, Coreia do Sul, Índia e Panamá são alguns dos países com os quais já fez negócios.
