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Jovem empreendedor destaca importância das soft skills no futuro do mercado de trabalho em palestra no Sebrae na Rua

No REC’n’Play, especialista enfatizou que habilidades comportamentais farão cada vez mais diferença no ambiente laboral
Por Larissa Correia
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Num mercado cada vez mais competitivo e automatizado, possuir conhecimentos técnicos tem deixado de ser uma das principais exigências para a contratação profissional. Nesse ponto, apresentar habilidades comportamentais como adaptabilidade, criatividade, liderança, inovação e pensamento crítico pode fazer a diferença na busca por uma oportunidade de trabalho. O assunto esteve em alta no espaço Sebrae na Rua, na sexta-feira (17), terceiro dia do REC’n’Play 2025.

A abordagem foi conduzida por João Tompson, criador da Quark, plataforma gamificada focada no desenvolvimento de habilidades comportamentais em jovens que buscam a primeira experiência profissional. Justamente garotos e garotas em idade escolar eram maioria entre o público da palestra no laboratório de ideias do Sebrae Pernambuco durante o evento conhecido como o “Carnaval do Conhecimento”.

Começamos a ter diversas mudanças de hábitos por causa da transformação digital. Nesse contexto, nos sobram as habilidades humanas, que muitas vezes estão sendo perdidas, mas precisamos relembrar, resgatar e pensar. Se agora temos ChatGPT e digitalização das coisas para ajudar com tarefas repetitivas e complexas, sobra a parte de conexões, do relacionamento interpessoal.

João Tompson, empreendedor educativo.

Ele apresentou dados do Fórum Econômico Mundial indicando as dez principais habilidades para este ano. Apenas duas são técnicas: Uso, comportamento e controle da tecnologia e Design e programação da tecnologia. As demais são voltadas para a parte comportamental e resolução de problemas, como Criatividade, originalidade e iniciativa; Liderança e influência social; além de Pensamento crítico e analítico.

“O profissional do futuro precisa ter domínio sobre a tecnologia. Não somente o comportamento, mas também o conhecimento da sua área técnica e, principalmente, saber conviver com o seu colega de trabalho e resolver problemas complexos. Conseguimos isso interagindo com a tecnologia e com outras pessoas, tendo humildade para perguntar, testar as coisas, receber feedbacks. Tudo isso é interação e passa pela forma como nos relacionamos com outras pessoas”, acrescentou.

O fundador da Quark comentou ser preciso entender como lidar com aspectos como conflito de gerações, frustração e diversidade, que não se limita apenas ao que se refere a gênero. “Com a digitalização, conseguimos conexão com pessoas de diversos locais, que pensam de maneira e são de realidades diferentes das nossas. Isso gera riqueza de ideias e pensamentos, e permite resolver problemas complexos. É aprendizagem constante”, explicou.

João Tompson falou ainda sobre a importância de manter a continuidade dos estudos, com consciência de que todo dia aparecem novas tecnologias e não será possível acompanhar o ritmo do surgimento delas. Ele indicou a atualização sobre principais tendências da área de interesse, novidades no mercado e como aprender a usar ferramentas recém-lançadas.

Por último, falamos de adaptabilidade, outra característica de profissionais do futuro. Para diferentes situações, precisamos de diferentes abordagens e para situações que parecem ser iguais, também podemos testar algo diferente para resolver a situação. Não é por já fazer de uma forma que tenho de continuar daquele jeito. Precisamos nos adaptar a essa inconstância, às coisas que vão acontecendo e às novas tecnologias que vão surgindo também.

João Tompson, empreendedor educativo.

João concluiu a palestra com uma frase do ex-presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, durante passagem pelo Brasil. “As máquinas vão fazer os trabalhos repetitivos, mas só as pessoas podem pensar e inspirar. Por isso, temos de motivar os jovens a serem mais criativos. Os países que fizerem isso da melhor forma serão os mais bem-sucedidos. Ela mostra a visão de um nível mundial em relação ao desenvolvimento de habilidades humanas. Com o avanço da tecnologia, teremos muita facilidade para resolver a parte técnica de diversos problemas, mas a parte humana ainda é o que conecta e diferencia a gente. Mostra que você é um profissional e que sabe resolver problemas”, encerrou.

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