Nos últimos anos, os influenciadores têm se consolidado como uma ponte entre marcas e consumidores, com papel de relevância inegável no marketing digital. A referência positiva é válida também para os microinfluenciadores, que, apesar dos números reduzidos de seguidores, causam impacto nos negócios. De forma a qualificar e ampliar as oportunidades para quem já investe ou pretende enveredar nessa ocupação, aconteceu, no último dia 26 de outubro, na sede do Sebrae/PE, no Recife, o Mega Influencer Sebrae.
A programação trouxe palestras, apresentações de cases de sucesso e vídeos, mesa redonda e momentos para networking. Ao longo do dia foram abordados temas como o poder dos microinfluenciadores na moda, marketing de influência, conteúdos virais, live shops, técnicas de vendas e benefícios da formalização, entre outros.
Para apresentar e discutir os conteúdos, foram convidados especialistas em áreas como gestão, moda, comportamento e mercado digital, além de influenciadores de vários estilos e portes, com destaque para a baiana Lívia Viana Nalesso, com quase 200 mil seguidores no instagram, e a pernambucana Iza Carneiro – que, na mesma rede social, compartilha a sua rotina como mulher negra e mãe solo de três meninas, uma delas com autismo, com quase um milhão pessoas.
Analista do Sebrae/PE, Valdenice Ferreira explica que a proposta de qualificação para esse público surgiu porque micro e pequenas empresas raramente veem os microinfluenciadores como aliados na jornada de compra. Quando os contratam, geralmente em situações de urgência, como em caso de encalhe de produtos, muitos desses influenciadores não são profissionais qualificados.
Ocorre que o investimento não dá resultado porque aquele influenciador não tem aderência ou engajamento com a marca nem conhece profundamente o produto. Com as capacitações, queremos que os influenciadores ajudem a potencializar as vendas no varejo, seja no dia a dia normal ou em eventos.
Valdenice Ferreira, analista do Sebrae/PE
Segundo a especialista, também foi identificado que falta preparo para muitos influenciadores. “Desconhecem como fazer precificação dos serviços, não postam vídeos ou apresentam os produtos da melhor forma nem utilizam técnicas adequadas de exposição, oratória ou convencimento. Tudo isso torna mais difícil a conversão do valor investido pelo empreendedor. Então pretendemos qualificar a rede que envolve o varejo como um todo, incluindo microinfluenciadores, que serão dotados de algumas técnicas específicas”, acrescenta.
Como a moda é um setor que depende fortemente de tendências e aspirações, ela encontra no digital influencer a chave para atingir públicos segmentados de maneira eficiente. “Marcas de moda que buscam alcançar nichos específicos têm encontrado nesses influenciadores parceiros ideais para campanhas mais focadas e personalizadas. E tudo isso com um custo-benefício que pode apresentar uma vantagem notável para os empreendimentos de menor porte, sem comprometer o orçamento e com um conteúdo autêntico e inspirador, que gere conexão emocional com o público”, ressalta Valdenice.
Além disso, o custo-benefício é uma vantagem notável. Pequenas e médias empresas de moda podem se beneficiar do marketing com microinfluenciadores sem comprometer grandes orçamentos, enquanto ainda alcançam um excelente retorno sobre investimento. “Ao promover produtos em suas redes sociais, esses influenciadores criam conteúdos autênticos e inspiradores que refletem o estilo de vida real, gerando maior conexão emocional com o público”, completa a analista do Sebrae/PE.