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Sebrae está com inscrições abertas para o segundo Catalisa ICT até o dia 3 de fevereiro

Pernambuco se destacou na edição de estreia do programa, que pretende fortalecer a inovação tecnológica a partir de pesquisas acadêmicas
Por Larissa Correia
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Mestres e doutores com pesquisas concluídas ou em andamento em Instituições de Ciência e Tecnologia públicas e particulares de todo o país têm até o dia 3 de fevereiro para se inscrever gratuitamente na segunda edição do Catalisa ICT. A iniciativa do Sebrae em parceria com entidades do ecossistema de inovação busca transformar projetos acadêmicos em soluções de alto impacto para a sociedade. Nesse segundo ciclo do programa, o foco está no desenvolvimento de deeptechs e no fortalecimento da neoindustrialização em território nacional.

As propostas de participação na jornada de aceleração devem ser submetidas pelo link www.worldlabs.org/opportunity/catalisa-ict-2-edital-de-selecao-de-pesquisas. O edital da chamada pública também está disponível neste endereço eletrônico. Serão selecionados até dois mil trabalhos de todo o país, o dobro do número de escolhidos na primeira edição, realizada entre 2020 e 2024. Também foi aumentada a quantidade de planos de inovação a serem apoiados, que passaram de 270 para 300 (11%), e de deeptechs atendidas, com ampliação de 140 para 150 empresas (7%).

O Catalisa ICT tem por objetivo acelerar e fomentar negócios inovadores de base tecnológica para alavancar a geração de riqueza e bem-estar para toda a sociedade. Para transformar conhecimento científico em soluções de alto impacto, foi estruturado um processo de impulsionamento contínuo e progressivo, organizado em três grandes etapas ao longo de 24 meses.

Conceição Moraes, analista do Sebrae/PE

De acordo com a especialista, a primeira fase é de mobilização do ecossistema de inovação e sensibilização de potenciais pesquisadores e empreendedores para o programa. No estágio seguinte, as pesquisas receberão suporte para desenvolver e validar seus planos de inovação. Essa parte envolve a realização de capacitações, mentorias, fomento a planos de inovação e aproximação com ambientes de inovação (incubadoras, aceleradoras e parques tecnológicos). No terceiro e último período, as deeptechs selecionadas passarão por um processo intensivo de aceleração recebendo apoio financeiro, técnico e de mercado como forma de garantir que as soluções se tornem escaláveis e sustentáveis, além de serem conectadas às indústrias e investidores.

Para seguir adiante no processo é obrigatória a aprovação em cada fase. Entre os critérios estão os potenciais de impacto econômico, de inovação e de impacto ambiental; a viabilidade técnica; e a formação e trajetória do pesquisador proponente.

Conceição Moraes ressalta que os pesquisadores e empreendedores do estado tiveram uma boa performance na estreia do Catalisa ICT. “Pernambuco ficou entre o top 10 entre os participantes do início ao fim de todas as etapas”, enfatizou. Entre as startups e soluções inovadoras locais que chegaram até o fim da primeira edição do programa estão a FungiNE Biotecnologia, que desenvolveu uma biomassa fúngica para fins alimentícios e terapêuticos e enzimas para aplicações biotecnológicas; a Symbio Plus Biotecnologia, produtora de um aditivo para aplicação industrial e a criação de novos alimentos funcionais; e a Pluvi Soluções Ambientais Inteligentes, que transforma água da chuva em potável sem a utilização de produtos químicos.

Os planos de inovação desenvolvidos durante o programa serão apoiados por meio de bolsas e auxílio concedidos ao pesquisador proponente e equipe. Os direitos relativos à propriedade intelectual resultantes da execução de cada projeto no Catalisa ICT deverão seguir tanto a legislação vigente como a política e as normativas da entidade na qual a pesquisa foi originada.

MAIS

Desde o início do Catalisa ICT, em 2020, o Sebrae já investiu cerca de R$ 60 milhões em bolsas, auxílios, eventos e projetos de inovação e de internacionalização. Cerca de 3 mil pesquisadores brasileiros foram atendidos por meio da iniciativa. O Sebrae também construiu um catálogo com mais de 170 empresas que têm soluções inovadoras e que estão aptas a receber investimentos. Na edição de estreia do programa, foram recebidas 1,5 mil inscrições, com mil projetos sendo selecionados para aceleração, envolvendo 2,8 mil pesquisadores. Na última etapa, 284 empreendedores foram capacitados com 152 deeptechs escolhidas e aceleradas. Dessas, 54 receberam investimentos.